Wake me.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
segunda-feira, 8 de julho de 2013
qualquer foto #13 - FAFICH 1/2 Virada
No já longínquo 14 de junho aconteceu um dos eventos mais legais que tive a sorte de ver na FAFICH, prédio em que estudo lá na UFMG. Com shows, intervenções, performances e tudo o mais de artístico e bonito que a comunidade da FAFICH tem pra oferecer, a meia virada cultural linda e eu só posso esperar que ela ocorra mais vezes. Por uma universidade agradável de se viver!
quarta-feira, 12 de junho de 2013
terça-feira, 11 de junho de 2013
terça-feira, 21 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Rubem Braga não sabe de nada #2
“Há sempre um copo de mar para um homem navegar.”
Jorge de Lima
Jorge de Lima
por Lais Ferreira
Acordava sempre cedo e antes que se pudesse discernir o espaço em que agora se encontrava. De fato, conquanto o quarto hoje fosse cada dia maior, a luz que advinha do teto irradiava sempre antes que se pudesse ensurdecer pelo galo. Na ausência do incômodo do som grave, bem pouco se enraivecia com a ausência das telhas de amianto que desbloqueavam o céu. E até mesmo o frio que sentia ao encostar os pés rachados no chão apenas batido em terra.
Nos poucos momentos em que saía a rua, tinha-se sempre a irreversibilidade das horas nos canteiros sujos da Rua 15. Como houvera mudado o receio de caminhar na rua ainda de terra e aquele antigo desgosto por azaleias. Sempre pensara sê-las as flores mais esquisitas daquela cidade de joelhos rasgados, apesar das pernas longas. Florescer em maio nunca pudera significar nada maior que saber da vida a eterna resignação diante da parca alegria para se viver setembro. Setembro morno, setembro público, setembro a parir a espera do ano.
Até quando soube da contagem inexata dos homens. Ao se cruzar a rua, às vezes se alcança a casa e, nas raras miudezas dos nós, esbarra-se sempre naqueles vestidos de verde e de cabelos soltos. Em setembro, talvez ainda fosse possível dizer-se do recomeço na margem do fim e, no fim da margem, expandir-se o suficiente para não mais habitar. Apenas morar no conforto nebuloso e claro da ausência de nomes. Suspende-se sempre a necessidade por significantes, pois os gritos dos olhos constroem o silêncio exato das canções sustentadas por rimas pobres e versos brancos.
Mas passam-se os meses e maio sempre nos alcança. Devíamos, talvez, tornamo-nos gris como todos os homens em progresso, a caminhar depressa e altivos com os maxilares cômicos. Quiçá, havíamos ainda de balbuciar sentimentos em letras agressivas, a fim de sermos reconhecidos por todos que também se esquecem dos poucos instantes em que foram livres. Ou, quem sabe, tornamo-nos escritores, cronistas, jornalistas, literatos e concebermos no pretenso realismo e no domínio do fato a segurança inexistente em nossa condição.
Apenas atitudes vãs. Com essas mãos tímidas, façamos apenas alguns gestos gentis o suficiente para se abrir a porta. No estoicismo de nossas manhãs, permaneçamos. Mudemos de casa sempre, reinventemos o espaço-tempo nos corpos cambaios, e bem pouco saibamos da materialidade de casa. O mar sempre chega àqueles que aceitam tornar a brisa que acossa em braço de mar. E amar é sempre água a emudecer a distância inerente na incapacidade de se fazer duo seres antes apenas vagos na inexorabilidade de sê-los.
Bem pouco nos disse Braga. Salvemos as páginas brancas.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
sábado, 13 de abril de 2013
qualquer música #12 - Descobertas
Estava eu atoa por aqui, pensando no que fazer da vida agora que a chuva molhou meus planos, coloquei minhas músicas pra tocar no aleatório e eis que surgiu uma seleção interessante, que me deixou pensando sobre uma coisa: descobertas musicais. É engraçado como existem tantas formas da gente descobrir uma banda ou um artista novo.
Lá nos meus 11 anos, a rádio me apresentou pro Linkin Park, que me apresentou pro Nirvana, que me apresentou pro grunge.
Aos 13 a Globo me apresenta pros Rolling Stones, que me apresentaram Muddy Waters, que me apresentou pro Blues.
Lá pelos 14, fuçando a prateleira do meu pai, procurando peças raras e de rock, que eu sabia que ele tinha, conheci o Pink Floyd.
Uns anos depois, me aparece esse site, o LastFM. Nossa, nem sei quanta coisa conheci por lá, mas uma que marcou foi o Left Lane Cruiser, que, olha só, me levou ao Black Keys.
Aí vem aquela amiga e te manda do nada um link: o CD do Daniel Norgren. Putz.
E aí, quando você começa a sair de casa e por felicidade existe uma cena independente na sua cidade, você descobre a forma ideal de se conhecer uma banda: no show. Organizadores de festivais, vocês são os responsáveis por graandes descobertas musicais que só seriam possíveis dessa forma. Olá Móveis Coloniais de Acaju, Fusile, Black Drawing Chalks, Graveola, Camarones Orquestra Guitarrística, Hells Kitchen, BNegão, Bixiga 70...
Ah, a música tá em todo lugar, e eu estou aqui à espera de novas descobertas, e novas formas de descobri-las.
Lá nos meus 11 anos, a rádio me apresentou pro Linkin Park, que me apresentou pro Nirvana, que me apresentou pro grunge.
Aos 13 a Globo me apresenta pros Rolling Stones, que me apresentaram Muddy Waters, que me apresentou pro Blues.
Lá pelos 14, fuçando a prateleira do meu pai, procurando peças raras e de rock, que eu sabia que ele tinha, conheci o Pink Floyd.
Uns anos depois, me aparece esse site, o LastFM. Nossa, nem sei quanta coisa conheci por lá, mas uma que marcou foi o Left Lane Cruiser, que, olha só, me levou ao Black Keys.
Aí vem aquela amiga e te manda do nada um link: o CD do Daniel Norgren. Putz.
E aí, quando você começa a sair de casa e por felicidade existe uma cena independente na sua cidade, você descobre a forma ideal de se conhecer uma banda: no show. Organizadores de festivais, vocês são os responsáveis por graandes descobertas musicais que só seriam possíveis dessa forma. Olá Móveis Coloniais de Acaju, Fusile, Black Drawing Chalks, Graveola, Camarones Orquestra Guitarrística, Hells Kitchen, BNegão, Bixiga 70...
Ah, a música tá em todo lugar, e eu estou aqui à espera de novas descobertas, e novas formas de descobri-las.
segunda-feira, 18 de março de 2013
qualquer foto #11
Em janeiro viajei pro Rio com os meus pais. Um belo dia, resolvemos ir conhecer a lagoa Rodrigo de Freitas e eis que estava pra rolar um campeonato mundial de skate e a estrutura já estava montada, e alguns skatistas tavam lá treinando. Eu super empolgada com minha câmera na mão fui ver o que tava rolando e nos poucos minutos que tive antes dos meus pais chamarem pra irmos ao nosso próximo destino da cidade maravilhosa (que eu não achei tão maravilhosa assim, mas isso é assunto pra outra ocasião) consegui tirar algumas fotos. Não vou chamar de boas porque eu não tive nem tempo nem ângulo pra isso, mas me surpreendi com como tirar fotos de esporte é divertido, além das boas "poses" serem naturais. 5 minutos parada lá de mal jeito consegui pegar a galera no ar fazendo umas manobras muito massa.
Editei praticamente todas e coloquei no Flickr. Deixo aqui algumas delas e o link para as outras.
quarta-feira, 13 de março de 2013
O circo dos Stones - favoritos #1
Esse blog outrora começou com música, pois vai então recomeçar com música. Nada mais justo.
Fuçando aqui meus favoritos pra fazer esse post, cliquei nos
vídeos do Rock’n’Roll Circus pra dar uma relembrada e ouvir música boa enquanto
pensava sobre o que escrever. E bom, no fim das contas resolvi falar sobre eles
mesmo.
O Rock’n’Roll Circus, gravado em 1968, foi organizado e
apresentado pelos Rolling Stones, e era pra ser um especial pra BBC-TV. Por
razões de os-Stones-não-gostaram-da-apresentação-deles, não foi ao ar na época,
e essa pérola foi liberada só em 1996, em VHS. Em 2004 a gravação foi relançada
em DVD com som remasterizado.
Não consegui até hoje achar nenhum vídeo no YouTube que tenha
o programa completo, e se brincar nem vi todos os fragmentos ainda, apesar de
achar que sim. Mas acho esses vídeos o máximo, por uma série de motivos. Só tem
feras, vestidos de forma nonsense, com uma plateia nonsense, apresentações
nonsense e reuniões que, pelo menos pra mim, também não fazem sentido nenhum. Exemplo? O Dirty Mac. John Lennon,
Eric Clapton, Keith Richards e Mitch Mitchell. Todos grandes figurões da
época, mas por algum motivo acho uma reunião absolutamente estranha. Sem contar que
a segunda música conta com um violinista que eu não conhecia e a Yoko Ono fazendo
uns barulhos que sério, pra que?
A apresentação do Jethro Tull é uma das melhores, na minha
humilde opinião. Mas às vezes só fiquei super empolgada porque foi o meu
primeiro contato com a flauta mágica do Ian Anderson. E sério, mesmo na pior
das apresentações, se é a primeira vez que você ouve Jethro Tull, não tem como
não se extasiar. E claro, sem contar que
eles tocam A Song For Jeffrey. Dança comigo:
O The Who
também tá sensacional, tocando A Quick One While He’s Away. Sente só:
Já os Rolling Stones tocaram um set curto de seis músicas, com destaque pra
performance de Mick Jagger em Sympathy for the Devil, o que eu particularmente
considero a melhor interpretação dele dessa música, além de ser definitivamente
a melhor parte desse circo todo. Infelizmente, o link que eu tinha aqui
não existe mais e não consigo de forma alguma achar outro no Youtube. No momento só
resta aguardar uma boa alma colocar o vídeo lá de novo.
As outras apresentações foram do Taj Mahal e da Marianne
Faithful. Essa última, não achei nada demais pra comentar. A do Taj Mahal não
lembro muito bem o que achei quando assisti, e também não consigo achar no
Youtube pra refrescar a memória.
sábado, 9 de março de 2013
5, 4, 3...
Bom, o layout mudou pouco, mas mudou. E é assim que vai ficar por um bom tempo. Eu queria dar uma firulada, deixar bonitinho, mas aí percebi que isso tava tomando tempo demais e resolvi deixar simples pra focar no que interessa, o conteúdo. Afinal, a intenção é que esse seja um espaço pra dizer o que penso sobre toda sorte de coisas, e como depósito de textos que será, preciso do básico: um espaço minimamente organizado. A beleza vai ficar pro site, que no caso precisa ser um pouco mais arrumadinho.
Então finalmente declaro reaberta a temporada de resquícios dos momentos de ócio! Voltemos a falar sobre qualquer coisa.
Aproveitando:
Como já falei antes, agora tenho um site pra por minhas fotos e vídeos, olha que chique: augustadeluca.com
Criei também um portfólio no Behance, pra postar as fotografias que de certa forma viraram mini-ensaios.
O Flickr continua como meu depósito geral de fotos. E o site possui uma seleção mais seletiva delas, haha.
Por hora é isso, logo inauguro a seção nova, cuja sinopse está aqui.
Câmbio, desligo.
Então finalmente declaro reaberta a temporada de resquícios dos momentos de ócio! Voltemos a falar sobre qualquer coisa.
Aproveitando:
Como já falei antes, agora tenho um site pra por minhas fotos e vídeos, olha que chique: augustadeluca.com
Criei também um portfólio no Behance, pra postar as fotografias que de certa forma viraram mini-ensaios.
O Flickr continua como meu depósito geral de fotos. E o site possui uma seleção mais seletiva delas, haha.
Por hora é isso, logo inauguro a seção nova, cuja sinopse está aqui.
Câmbio, desligo.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Quase, quase
O layout vai mudar de novo.
O conteúdo novo vai, sim, começar a aparecer.
Vocês devem entender que o último semestre na UFMG foi muito mais puxado do que eu imaginava, o que me deixou totalmente sem tempo. E até agora a férias foram mais ocupadas do que eu previa.
Mas, enquanto eu não retomo esse blog de vez, vão aí algumas novidades:
Desde novembro colaboro em uma revista que tem como principal tema a cidade de Belo Horizonte e tudo que a envolva, com apenas duas colunas fugindo disso, a de cultura e a chamada Interessantes. A linda se chama Quatá Revista Virtual e a editoria é composta por dois colegas meus na UFMG. Acompanhem! :)
revistaquata.com
A segunda novidade é que finalmente terminei meu site/portfólio! Usei o Wix pra desenvolver, uma ferramenta bem simples e que ajuda muito a nós, meros-mortais-não-programadores-que-não-possuem-capital-pra-pagar-um, a terem um site próprio digno. Já tá prontinho, faltando só uma página com meus textos - sobre a qual ainda cogito a viabilidade, e algumas poucas fotos. Deem uma olhada lá também.
augustadeluca.com
Na página inicial do meu site já está o cabeçalho novo do qual-quer coisa, que será devidamente colocado aqui em muito breve.
Bom, fica aqui um dessa-vez-sincero até logo.
O conteúdo novo vai, sim, começar a aparecer.
Vocês devem entender que o último semestre na UFMG foi muito mais puxado do que eu imaginava, o que me deixou totalmente sem tempo. E até agora a férias foram mais ocupadas do que eu previa.
Mas, enquanto eu não retomo esse blog de vez, vão aí algumas novidades:
Desde novembro colaboro em uma revista que tem como principal tema a cidade de Belo Horizonte e tudo que a envolva, com apenas duas colunas fugindo disso, a de cultura e a chamada Interessantes. A linda se chama Quatá Revista Virtual e a editoria é composta por dois colegas meus na UFMG. Acompanhem! :)
revistaquata.com
A segunda novidade é que finalmente terminei meu site/portfólio! Usei o Wix pra desenvolver, uma ferramenta bem simples e que ajuda muito a nós, meros-mortais-não-programadores-que-não-possuem-capital-pra-pagar-um, a terem um site próprio digno. Já tá prontinho, faltando só uma página com meus textos - sobre a qual ainda cogito a viabilidade, e algumas poucas fotos. Deem uma olhada lá também.
augustadeluca.com
Na página inicial do meu site já está o cabeçalho novo do qual-quer coisa, que será devidamente colocado aqui em muito breve.
Bom, fica aqui um dessa-vez-sincero até logo.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Reformas
Abandono definia esse blog.
Reformulação o define neste exato momento.
Atualização o definirá em muito breve.
No momento estou tentando me entender melhor com a programação do blogger pra dar uma cara nova e mais bonita pro qual-quer coisa. Num segundo momento recomeçarei a por conteúdo nele, mantendo as seções existentes e criando novas.
Peço então que as por enquanto poucas pessoas que por acaso venham parar por aqui apreciem o conteúdo mais antigo e aguardem ansiosamente, assim como eu, pelo que virá.
Até breve.
Reformulação o define neste exato momento.
Atualização o definirá em muito breve.
No momento estou tentando me entender melhor com a programação do blogger pra dar uma cara nova e mais bonita pro qual-quer coisa. Num segundo momento recomeçarei a por conteúdo nele, mantendo as seções existentes e criando novas.
Peço então que as por enquanto poucas pessoas que por acaso venham parar por aqui apreciem o conteúdo mais antigo e aguardem ansiosamente, assim como eu, pelo que virá.
Até breve.
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