sexta-feira, 29 de outubro de 2010

'Fama mata mais que drogas', diz Keith Richards à BBC


Sei que algumas coisas a respeito do Keith Richards são meio forjadas pra ele parecer mais porra louca do que realmente é, mas ele continua sendo o ícone-mor do bom e velho roquemrou e ocupa um lugar todo especial em nossos corações. Sabe como é né, essas lendas urbanas sustentam o mito.

Votar nulo

    Sei que o voto nulo, mesmo em massa, não modifica eleição, visto que não é voto válido. Mas estive pensando e não sei se vale a pena validar o meu voto. Não nessas eleições. Quanto mais debates assisto, quanto mais reflito quanto a qualquer uma das duas propostas, mais indecisa, e desapontada, eu fico. E quando as pessoas simplesmente afirmam que votar nulo é se anular, votar no "menos pior" é algo gratificante? Faz alguma diferença? A partir do momento em que você escolhe votar no "menos pior", acaba se submetendo e se responsabilizando pelo candidato que escolheu, assim como quem fez a escolha por convicção, não pelo simples ato de votar. Não sei se quero compactuar com nenhuma das duas canditaturas entre as quais tenho que escolher.
    Essa não é minha decisão definitiva, mas acho difícil mudá-la. Por mais que se diga que quem anula o voto não tem direito de reclamar depois, penso quase o contrário. O voto nulo se dá por circunstâncias muito diferentes. No caso de não haver mais Plínio ou Marina como alternativa ao de sempre, o voto nulo, infelizmente, me parece a melhor opção.
Mais. Não consigo me imaginar votando em nenhum dos dois. Tenho asco do PSDB e o que representa. E tenho medo, sinceramente, do que seria um governo de Dilma Rousseff. Não a acho preparada. Uma pessoa tão descaradamente submissa, controlada, certamente não é o que espero que governe um país. Nem o Brasil, nem nenhum outro.
    Outra coisa. Escolher um dos dois só para dizer que escolheu um dos dois, o que muitas (mas muitas) pessoas vão fazer, pelo visto, é tão inválido quanto um voto nulo. É um voto de conformidade, num caso em que não deveria haver. Esse é justamente o problema desse país. A conformidade. É por isso que afirmo que o Brasil tem o governo que merece. Os conformados merecem o pior. Conformidade tem limite. E os brasileiros ultrapassaram, e muito, esse limite. Mas que fiquem eles com o "menos pior" que escolheram. Não quero afirmar que fiz o mesmo. Tenho certeza de que meu voto nulo me confortará muito mais do que o dos que quebrarem a cara quando verem o candidato "menos pior" deles os desapontando.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Constatações óbvias, mas necessárias

Poderia chamar de narcisismo, egocentrismo, egoísmo e diversos outros ismos. Mas na verdade acho que é carência, necessidade de autoafirmação. Dois pontos: primeiro, as pessoas são incapazes de pensar coletivamente; segundo, se veem onde não estão. Se parece importante, mesmo que estivessem apenas perto e seja claro que não estavam lá, elas se encontram. Se estavam e não está claro que estavam, se dizem autoras exclusivas, só para aumentar a importância que não foi ressaltada desde o início. Digo isso generalizando mesmo, não me referindo a casos específicos. Esses só servem para reflexão. Pra acordar Alice, ainda mais. É claro que é excelente ter seus grandes, médios e pequenos feitos reconhecidos, mas a forma como as pessoas, ao se sentirem desvalorizadas, buscam essa tão necessária valorização, esquecem de mencionar que mesmo que tenham feito, não fizeram sozinhas. É ainda mais horrível quando você se vê no papel de babaca que sempre tenta fazer menção de outras pessoas, esperando que estas se lembrem de você. Mais babaca ainda o fato de fazer isso por pessoas que nunca ou quase nunca demonstraram retribuição. Não espontaneamente. Gostaria que as pessoas conseguissem perceber como essa necessidade de autoafirmação imbecil só serve para diminuir a consideração que têm por ela. Isso não é um desabafo. É uma revolta exagerada por esse tipo de coisa mínima que sai de onde menos se espera. Ou devia se esperar, já que quem se surpreende é suficientemente babaca para se importar e esperar que se importem.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Entrevista com Otto

Colocaria um texto diferente aqui, mas essa entrevista com o Otto já me deu trabalho demais por hoje e o sono já é mais forte que eu. Por isso vou colar as últimas palavras que consegui expelir por hoje, que foram postadas primeiro lá no Portal MIU.

"Headliner do primeiro dia do Jambolada 2010, o pernambucano Otto era uma das atrações mais esperadas do festival. E para quem gosta do cara, valeu a espera. O show foi um dos que mais agradou o público, fosse ele fã ou não. A exclusiva com o Otto (leva esse nome já que nós fomos um dos únicos veículos a conseguir uma entrevista com ele por aqui) aconteceu no dia seguinte à sua apresentação. Como não foi possível entrevistá-lo após o show, aproveitamos que ele resolveu ficar pra assistir as bandas do dia 16 e descansar um pouco, e improvisamos um bate-papo do lado de fora do Acrópole. A conversa foi entre Otto, Felipe, Karla e eu. Não conhecia muito do cantor, mas os dois fãs que me acompanharam (ou que eu acompanhei) souberam dar rumo à entrevista. Ao invés de comentar o que foi discutido de interessante, recomendo que assistam abaixo, na íntegra, a primeira entrevista especial e exclusiva do Folhetim Baticum."

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Quase (no) terminal

Falta de vocabulário. Falta de imaginação. Falta de assunto.
Falta de paciência. Falta de lugar. Falta de tempo. Falta de alguém pra conversar. Falta de acontecimento.
Falta de nexo.
Falta de tudo.
 
Postagem de outro blog, em 05/05/2010, às 18:22.

Não sabe dar títulos

É ateu e estudante de jornalismo. É uma garota. Mas na verdade o exposto começa há alguns anos, quando concluía o fundamental.
      Desde muito nova questiona praticamente tudo. Natural em uma criança. Natural também ter de reter-se à respostas de pais e professores levianos, típicos de um país de baixo nível de educação e de religião quase homogênea, pelo menos na forma de encarar as coisas, não as crenças propriamente ditas. Questionamentos a respeito de religião são sempre simplórios, e as respostas são mais ainda. O que a garota questiona hoje é o porquê das respostas simplórias, limitadas, escassas de certo modo. O que questionava antes era muito simples, e natural. Fez catequese dois anos. É de família católica. Dizia acreditar piamente e mostrava participação. Mas não sentia o que a diziam que deveria sentir. Continuou questionando e com o passar do tempo começou a esgotar paciência alheia. Logo mais frequentou cultos espíritas, cultos pequenos e familiares. Encontrou respostas que, para ela, faziam ainda menos sentido. Mais uma chance: passou uma semana em um acampamento evangélico, já no ensino médio. Se decidiu. Nada daquilo fazia sentido. E, por incrível que pareça, depois de ouvir opiniões, encará-las e aceitá-las por tanto tempo, depois de tolerá-las tanto tempo, viu-se discriminada. Sim, é essa a palavra. Não entendeu a princípio, achava que o que lhe havia sido ensinado era a ter “cabeça aberta”, saber ouvir, compreender, refletir. Depois de tantos conceitos como esse praticamente enfiados goela abaixo, esperava pelo menos uma discussão, não um decreto. "Não aceito. Você vai mudar opinião um dia. Está lendo livros esquisitos demais. Acho que são essas amizades."
      Hoje não pode tocar no assunto em casa. Não pode tocar no assunto na escola ou faculdade. Não pode tocar no assunto no trabalho. Não pode tocar no assunto com os amigos. Religião, o assunto. E o pode aqui não quer dizer “não ter permissão”; quer dizer “não conseguir”. Não porque não consegue falar. Não consegue achar quem ouça.
      Entende, então, que a sociedade manipula-se a si própria. Tem toda a liberdade de “desalienar-se” e escolher. Como escolher se não procura opções? Se não ouve opções? Não encara opções?
      Aprendeu na Universidade que ideologias, conceitos e tudo o mais não são injetados, muitas vezes, graças ao poder de discernimento, à consciência própria. Mas a garota, refletindo agora, compara os seres que se dizem pensantes e intelectualmente autônomos a usuários de heroína. Injetam por conta própria, com a agulha que compraram e escolheram. Manipulam-se, por vontade própria, isolados em si mesmos.

Crônica produzida para a disciplina Teorias da Comunicação I.

Resumo do feriado #1



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

qualquer foto #2

 Você só carrega a câmera quando não precisa dela? E tem que tirar fotos como essa do celular? Bem-vindo ao clube.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Brincando no Grooveshark

Depois de um tempão tentando descobrir como fazer um widget legal no Last.fm, descobri o do Grooveshark, que é infinitamente mais prático e bonito. Vou tentar fazer uma seleção de músicas mais ou menos relacionadas a cada semana (assim, vou tentar). Aí fica aqui no lado esquerdo a mais recente, e coloco a que vai ser substituída como um post quando for trocar. Isso me ajuda no trabalho, onde não tenho as minhas músicas, e dá pra eu mostrar melhor o que mais ocupa meu tempo e o que eu faço de melhor na minha vida: ouvir. Boa música, claro.

Obs: ao invés de virarem posts, as listas substituídas irão para a página Listas.